quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Doenças E Tratamentos Para Nossas Aves

AFTA OU PLACA SIMPLES - Pequenas placas que se formam perto da língua e garganta dos galos e que são curáveis com Baytril 5%, na dosagem de 0,5 ml durante 10 dias intercalados ou Albicon (humano). Lavar com Permenganato de Potássio na medida de 1 x 10. Também poderá ser feito um tratamento com Fornegin spray de 3 em 3 horas, Cotonax ½ comprimido durante 20 dias, e Pentacilin 2 dias - 1 dose.


ANOREXIA - Falta de apetite e emagrecimento causado por doenças ou verminoses. Podemos superar esse problema com o fornecimento à ave de Potenay B12 ou Vitagold Potenciado.


APANTOTENOSE - Doença causada pela deficiência de vitamina B3. Os sintomas são lesões de pele, pálpebras, cantos dos bicos, pernas e pés. Problemas que também poderão ser resolvidos com o fornecimento de Potenay B12 ou Vitagold potenciado.


ARISTIN OU SARNA PODAL OU CASCÃO - Crostas que se formam nas pernas. Como tratamento lavamos as partes afetadas com sabão grosso e escova dura, para remover parte da crosta. E besuntamos com uma mistura de vaselina e querosene, até acabar o problema. Acarsan loção humana. Óleo queimado.


ARRIBOFLAVINOSE - Doença causada por deficiência de vitamina B2. Os sintomas são dedos torcidos, neuromalácia e crescimento fraco. Problema que também poderá ser resolvido com Potenay B12 ou Vitagold potenciado.


ASPERGILOSE - Causa problemas no sistema respiratório dos pintos apresentando ruídos na traquéia, respiração acelerada e difícil, olhos inflamados, sede, asas caídas, febre, sonolência, fraqueza, falta de apetite, perda de peso. Não existe tratamento. Pode-se tentar a Bisolvomycina injetável, que é um excelente antibiótico.


BOQUEIRA - Calosidade formada na junção dos bicos. O tratamento é limpar o local e pincelar com Iodo Metalóide(25g de iodo para 100ml de álcool) diariamente até a cura. Rifocina spray.


BOUBA OU EPITELIOMA CONTAGIOSO - Aparecimento de caroços que se espalham pela cabeça e às vezes pelo corpo da ave. Há diversos tratamentos: aplicar Terramicina LA e pincelar os caroços com uma pomada de banha e sal, vaselina fenicada a 2% ou solução de glicerina iodada, ou mesmo cauterizar os caroços com ferro em brasa.
Oferecer diariamente pela manhã, 6 grãos de pimenta do reino, até que os caroços da bouba sequem e caiam. Tempero pronto(alho e sal). Pimenta moída na ração. Poupa de tomate com sal. Porém a melhor maneira de ficarmos livres desses problemas é vacinar as aves.


BRONQUITE INFECCIOSA OU LARINGOTRAQUEÍTE - Doença respiratória que ataca pintos até 2 meses. Apresenta tosse, ronco, corrimento nasal, dificuldade de respirar, olhos lacrimejantes, rosto inchado. O tratamento consiste na aplicação de antibióticos como Bisolvomycina, Terramicina LA, Ampitec e a complementação com vitamina A para uma recuperação mais rápida. Pentabiótico reforçado. Ampicilina sódica. Aminofilina.


CABEÇA ABERTA - Consiste na fragilidade do couro que protege a cabeça da ave na parte superior. A solução está em uma cirurgia na qual fazemos um corte e retiramos totalmente a pele fragilizada. Em seguida fazemos o descolamento parcial da pela na região ao redor de onde fizemos a retirada, unimos cuidadosamente fechando a abertura e ponteamos cuidadosamente. Medicamos com medicamentos cicatrizantes e é só esperar que a natureza encarrega-se do resto.



CALOS - São o resultado do contato constante com o piso duro. Em alguns casos a aplicação de sebo quente reso.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Galinha- Raça pura, um bom começo


Instalações simples viabilizam investimentos no mercado de galinhas, que poderá ser uma boa opção para pequenos criadores.

Aliada às técnicas de melhoramento genético, a criação de galinhas de raça pura é considerada uma opção criativa para o criador iniciante,que pode escolher diferentes nichos de mercado para escoar sua produção. O leque de opções inclui o segmento de aves ornamentais, o de cruzamentos com raças nativas e o da preservação de raças.
A atividade de comercialização de galinha de raça pura não exige registro em órgãos de inspeção, nem aquisição de equipamentos que encarecem a produção. Além disso, a concorrência no mercado de carnes e de ovos para o consumo está acirrada com a expansão das granjas de grande porte, modernas e automatizadas, sobretudo no centro-sul do Brasil.
A avicultura nacional é uma das mais avançadas no mundo e está na liderança do comércio internacional. Opera, em grande parte, com o sistema de integrados, no qual a industria fornece os insumos em troca do fornecimento de aves engordadas. Caracterizada como avicultura empresarial, exige escala de produção. Para o iniciante na atividade, outros nichos de mercado precisam ser explorados.
Com uma simples instalação de parede de tela de arame e de cobertura de telhado de barro, é possível começar ma criação de raça pura.Os gastos com ração industrializada ainda podem ser reduzidos com a adoção do sistema de semi-confinamento. Em média, um terno, o correspondente a um macho e duas fêmeas de raça pura, necessita de dez quilos de ração por mês, a um custo aproximado de 12 reais. E, em um prazo de um ano, o terno de aves consegue uma reprodução de 70 a 120 aves para vender no mercado.
No comércio de galinhas ornamentais para sítios, chácaras, entre outras propriedades, as vendas de aves de raça pura conseguem preços altos. Podem somar, por cabeça, 60 reais e chegar a 100 reais em exposições.Para a venda das raças não é exigido qualquer tipo de documentação ou de registro.
Outra opção para o manejo de galinhas de raça pura é atender à crescente demanda de propriedades que buscam melhorar as linhagens de seus plantéis. Uma atividade que se expande no país é o das “caipiras melhoradas”, por meio da cruza entre galinhas puras com aves típicas caipiras, para a obtenção de aves com tamanho e peso maiores, além de ganhar resistência às doenças.
As raças mais indicadas para a transferência genética são rhode island red (dupla aptidão – carne e ovos), plymouth rock barrado (dupla aptidão), new hampshire (dupla aptidão, com desempenho para melhor postura) e gigante negra de jersey (dupla aptidão, mais voltada para a produção de carne). Na prática realizada com galos caipiras, os resultados já não alcançam os mesmos níveis de rendimento de carne e ovos.
Do cruzamento com raças puras, os frangos adultos chegam a medir entre 40 e 50 centímetros de altura – dos pés à cabeça – e possuem peso entre 2,5 e 3,5 quilos. Alguns, como os da raça gigante negro de jersey, ultrapassam os cinco quilos. As galinhas apresentam medidas um pouco menores.

Semi-confinamento

O regime de semi-liberdade, ou semi-confinamento, é um sistema de baixo custo para a criação de galinhas, desde que os pastos sejam rotacionados para garantir o crescimento e a qualidade das pastagens. Soltas durante o dia em área cercada e recolhidas ao galinheiro às 15 horas, as aves podem ser alimentar de espécies de plantas, como o rami e outras gramíneas, e gerar economia de até 40% nas despesas com a ração. Verduras, frutas e legumes também servem como complemento na criação a pasto. Na avicultura, a alimentação corresponde a 70% dos custos de produção.
Das experiências realizadas em alguns sistemas semi-intensivos, os criadores constataram, além da economia diária na alimentação das aves, ovos com gemas mais amarelas, com cascas mais resistentes e com quatro vezes mais vitaminas do que os das galinhas criadas em confinamento.
Outra maneira sugerida para baratear a alimentação é adicionar subprodutos da mandioca à ração composta de milho e soja. As aves comem 100 gramas de ração por dia (segundo a Aval – Associação de Avicultura Alternativa). A contra indicação é o fornecimento de promotores de crescimento, cujo uso é proibido.
Mesmo criadas soltas, as galinhas precisam de um abrigo para dormirem à noite e também, para protegê-la da chuva. Além disso, o galinheiro é uma maneira de manter as aves presas até o horário da postura, que ocorre às 11 horas da manhã. Assim, as fêmeas botam os ovos em seus ninhos sem correr o risco de ficarem perdidos na área aberta.
As galinhas descendentes de vários cruzamentos são excelentes poedeiras e garantem farta quantidade de ovos. A produção anual de uma ave chega a 265 unidades. Choca cinco ovos por vez e demora 24 dias para realizar a incubação. Para acelerar o processo, os ovos devem ser chocados por outras aves. O bom desempenho de uma poedeira depende de boa alimentação e de plano de luz adequado.
Os cuidados com alimentação são tão importantes, que chegam a interferir na formação da casca do ovo. É necessário rigor na composição das rações, principalmente em relação à presença de componentes minerais, como o cálcio. Zootecnistas recomendam o consumo de 4,1 gramas de cálcio por dia para cada galinha.
Muitas granjas, que operam com o sistema de confinamento, estão substituindo a tradicional farinha de ostra pela de pedrisco de calcário. O pedrisco tem o mesmo teor de cálcio e preço inferior ao da farinha,cujo valor é inflacionado com o custo mais alto da ostra. À medida que as galinhas ficam mais velhas, cresce a necessidade do minério perdido pela produção de ovos.

Estrutura rústica

Para baixos investimentos, antigos barracões e garagens nas propriedades podem ser adaptados para abrigar a criação de galinhas. A construção do estabelecimento pode ser feita com eucaliptos, bambus e tábuas, e mesclar ambiente rústico à tecnologia avançada, com a adoção de campânulas para aquecimento dos pintinhos de um dia, bebedouros e comedouros automáticos, segundo os técnicos.
Uma pequena criação de um terno – duas fêmeas e um macho, de raça pura - pode ser iniciada com uma instalação de 2m x 1,5m, onde caberiam poleiros para as aves dormirem e ninho para chocarem.
Chocadeiras e criadeiras são necessárias para o aquecimento dos primeiros 30 dias dos futuros pintinhos.
Com um consumo diário de, em média, 120 gramas para matrizes de raça pura, o custo com ração chega a 12 reais por mês. Para economizar, a criação a pasto é a melhor opção, além de incluir outros alimentos como verduras, frutas e legumes.São complementos alimentares que acabam reduzindo as despesas com ração. No entanto, como as galinhas ciscam pequenos bichos no chão, a vermifugação freqüente é exigida, além da vacinação contra outros tipos de enfermidades. 

CRIAÇÃO EM GRANDE ESCALA



ESCALONAMENTO DE PRODUÇÃO
    
O controle da produção essencial para a organização da atividade. Para um galpão pode-se obter os seguintes resultados:

Período de criação: 80 dias
Limpeza e descanso: 25 dias
Total: 105 dias

1 ano = 365:105 dias = 3,5 lotes

1 lote todo mês = 12 lotes/ano

12 : 3,5 lotes/ano = 3,42 galpões

    Portanto: se obtém 3,5 lotes por galpão. Para obter 1 lote por mês são necessários 4,0 galpões. O tamanho dos lotes é definido pela área dos galpões.
    Pode-se aumentar o número de criações por galpão usando-se o pinteiro durante os primeiros 28 dias de idade do pinto e depois transferindo-os para o galpão com piquete para o final da engorda.

MANEJO SANITÁRIO


    A higiene dentro e fora do galpão, independente do seu tamanho é importantíssima, pois evita diversos problemas sanitários na criação.
    Os principais procedimentos de manejo sanitários são:

Manter os galpões sempre limpos e desinfetados após cada criada
Fazer o vazio sanitário de pelo menos 15 dias após a desinfecção do galpão.
Aplicar corretamente as vacinas e medicamentos necessários.
Evitar o trânsito de pessoas e animais ao redor do galpão.
Não guardar restos da cama do lote anterior no galpão onde se está alojando novo lote.
Ter pedilúvios e rodolúvios em todas as saídas das instalações.
Recolher todas as aves mortas diariamente e depositá-las em fossas, obedecendo, uma distância mínima de 150 metros da granja.
Fazer o controle de insetos e roedores principalmente entre os lotes.


LIMPEZA E DESINFECÇÃO


    A limpeza e desinfecção não devem ser tratadas como simples preocupações estéticas, mas como medidas profiláticas de suma importância para a criação.


Como proceder:


Retirar toda a cama antiga.
Varrer o galpão todo.
Passar lança chamas em todo o chão e ao redor do galpão.
Lavar o galpão com água e sabão.
Pulverizar desinfetante (pode ser formol 5 % ou 8 %).
Fazer uma caiação (8 sacas de cal/200 litros de água) se necessário.
Espalhar a cama nova.
Desinfetar todo o equipamento.
Recolher entulhos ao redor do galpão.
Lavar a caixa d’água e encanamentos do galpão.
Manter os equipamentos em perfeito estado.
Colocar veneno de rato e inseticida (dentro do galpão) e retirá-los antes da entrada dos pintos.


OS GALPÕES



    Uma das inúmeras diferenças do frango caipira brasileiro para o frango de corte tradicional é que pode ser criado solto, confinado ou mesmo semi-confinado, dependendo do interesse do criador.
    Partindo deste conceito, o galpão pode ser novo ou mesmo aproveitamento de uma antiga instalação da propriedade. Todo local coberto e cercado torna-se um galpão em potencial, dependendo apenas da quantidade que se deseja criar e a que fim se destinará. É necessário apenas adequá-los às exigências básicas para a criação.
    Como não requer tanta tecnologia de construção quanto o galpão de frango de corte tradicional, é mais fácil construí-lo.
    Uma boa recomendação que deve ser seguida na construção do galpão é orientar a sua cunheira no sentido leste/oeste, desta maneira haverá menor incidência de sol no interior do galpão no calor e mais insolação nos períodos de frio durante o ano.
    Os galpões podem ser construídos sem muita tecnlogia ou até mesmo aproveitando material já existente na propriedade, mesclando-se a rusticidade das instalações à tecnologia avançada, como campânulas, bebedouros e comedouros automáticos. Une-se assim o útil ao baixo custo de construção.
    Precaução especial é não construí-lose em locais de difícil acesso, distante das fontes de alimentação ou mesmo longe da observação dos responsáveis.



CORTINAS 


    As cortinas são tão importantes quanto os outros equipamentos do aviário, tendo a função de proteger e aquecer as aves.
    Na criação de frango caipira , as cortinas podem ser feitas de sacos de ração reaproveitados, bambu, sapé, madeira e ráfia , desde que sejam seguros e permitam a passagem de luz solar para o interior do aviário.
    O manejo das cortinas e muito importante , pois através delas, a umidade e a temperatura interna do galpão são controladas.
    Nos primeiros 10 a 15 dias da ave recomenda-se que fiquem levantadas, e nas idades menos criticas, depois que as aves estão empenadas deve-se manter as cortinas abaixada, levantando as somente em horários frios, durante chuvas ou ventos mais fortes.
    Se o aviário estiver com um forte cheiro de amônia ou abafado , principalmente no período da manhã, deve-se quando possível, abaixa- las, de preferência do lado contrário à corrente de vento.



PIQUETES 

    
    Os piquetes já foram muito utilizados no começo da avicultura comercial no Brasil. Existe registros na literatura que em 1937 já se faziam piquetes para a criação de aves comerciais, tanto de corte como de postura.
    No sistema de criação do Frango Caipira procura- se resgatar esta técnica com grande sucesso.
    Cercados com telas de arame, bambu , madeira, alvenaria ou mesmo pré- fabricados, as cercas devem ter aproximadamente 1,80m de altura , devendo ter um espaço para o pasto. Não esquecer que árvores devem ser plantadas nos piquetes para obtenção de sombra em abundância.   
    Uma torneira com água corrente também é necessária, não pode existir possas d´ água, lixos,entulhos, e dejetos de animais nos piquetes.
    A formação dos piquetes tem o papel fundamental nesse estilo de criação , já que a ave tem o habito e a necessidade de pastar. A ave precisa de espaço para andar e desenvolver sua musculatura.
    Levando-se em conta a qualidade do solo, pode-se optar pelo plantio de um único tipo de grama ou da conservação de duas ou mais espécies.
    Para evitar predadores de solo, aconselha-se colocar sacos amarrados na tela em volta do galpão, para evitar o contato visual.

O PASTO


    O pasto é um ponto forte na criaçao do frango caipira, pois esta ave tem o habito de pastar.
    O alimento plantado deve ser com altos teores de proteina, boa digestibilidade, crescimento estolonifero, grande taxa de redobra, ja que os brotos fornecidos as aves devem ser novos e tenros . As folhas velhas e fibrosas são de baixa qualidade, determinando uma recusa natural da ave.
    Os capins e gramas mais usados para piquetes sao os mais proteicos, como o Capim Quicuiu,o Capim Napier, o Capim Coast-Cross, o Capim Tiffiton, a Grama Estrela Africana e outros, que tenham o sistema radicular baixo, pois assim, voltam a crescer rápidamente com as chuvas ou irrigações.
    Recomenda-se alojar 1 ave entre 1 a 5 m2, desta forma o piquete resistira o pisoteio das mesmas até a retirada do lote.
    O plantio só terá sucesso se encontrar um solo preparado.


EQUIPAMENTOS 


    Em qualquer atividade avícola, por mais rústica que seja, os equipamentos são fundamentais não é diferente com o frango caipira .
    


    Necessita- se portanto de:


    - Cortinas 
    - Círculos de proteção 
    - Comedouros infantis
    - Ventiladores 
    - Termômetros 
    - Campânulas 
    - Comedouros 
    - Bebedouros 
    - Nebulizadores

    Todos estes equipamentos devem fazer parte integrante de uma granja, mesmo sendo ela de frango caipira.          


COMEDOUROS

    O frango caipira, ao contrário do frango tradicional, necessita, depois de 30 dias, de dois tipos de comedouros, um para ração comercial e outro para ração alternativa.
    O processo de alimentação desta ave, nos primeiros 10 dias segue o tradicional. Usam-se bandejas ou comedouros tubulares infantis que são gradativamente substituídos por comedouros adultos.
    O espaçamento é muito importante. No caso de comedouros tubulares, devemos trabalhar com 1/80 quando pintainhos, e 1/40 quando adultos ou conforme recomendação do fabricante.
Nos comedouros tipo calha deve-se dar um espaço de 2,5 cm/ave quando pintainho, e aumentar para 8 cm/ave quando adulta.
    Os comedouros tipos calha podem ser de fabricação caseira, com materiais reaproveitáveis existentes na propriedade,como canos de PVC cortados ao meio, caixas de madeira e até mesmo bambu, de preferência com 1 metro de comprimento.
    Quando são usados comedouros tubulares comerciais ou mesmo de fabricação caseira, é desejável que a borda do prato tenha a altura do dorso da ave, acompanhando seu crescimento regulamos a sua altura, evitando assim desperdício de ração.
    Recomenda-se que a ração alternativa seja servida em comedouros tipo caixa ou calha, ao menos duas vezes ao dia, desta forma asaves se mantém sempreativas.
    O avicultor não deve deixar restos de ração alternativa de um dia para o outro. Mesmo com toda a rusticidade que lhe é peculiar, o frango caipira brasileiro sofre muito com fungos e bactérias, que se desenvolvem em rações com umidade.
    De maneira geral a ração, tanto alternativa como comercial, deve ocupar entre 1/3 e metade da altura da borda do prato, evitando assim desperdício de ração.
    A cada 7 a 10 dias, deve-se regular a altura dos comedouros, acompanhando o crescimento das aves.


COMEDOURO INFANTIL


    Recomendamos o uso de comedouros infantis tubulares, propiciam um menor disperdício e evita que o pintinho se alimente no chão onde outra ave está defecando. Uma opção aocriador é o comedouro tipo bandeja que é usado somente nos primeiros dias do pintainho, na proporção de 01 bandeja para cada 80 pintainhos. Com 10 a 12 dias de idade, são substituídos por comedouros tubulares e/ou calha, como o avicultor desejar. Estas bandejas podem ser de:

Madeira.
Alumínio.
Lata.
Plástica.
Papelão (fundo de caixa de pintainhos).

As rações dessas bandejas devem ser peneiradas pelo menos 2 vezes ao dia.

BEBEDOUROS


    Nos primeiros 10 dias são usados osbebedouros tipo copo de pressão, na medida de 1/60 ou conforme recomendação do fabricante. .Se o bebedouro for pendular automatico, com capacidade de 3 litros, usa-se 1/80 na fase inicial e 1/50 na fase adulta ou conforme recomendação do fabricante, e 4 cm / ave na calha ou bebedouro. Da mesma forma que os comedouros, tambem  os bebedourospodem ser fabricados na propriedade com canos de PVC, calhas usadas e bambus.
    Os bebedouros não devem ter vazamentos paranao molhar a cama ou produzir poças d´ água nos piquetes.
    Devem ser regulados a cada 10 dias, devendo ficar a uma altura de 5 cm acima do dorso das aves, evitando - se assim assim problemas com a cama molhada.
    Água limpa, fresca e pura deve existir em quantidade suficiente pois a sua eventual falta pode provocar perdas significativas por desidratação.



CÍRCULOS DE PROTEÇÃO     

    Como o próprio nome diz, o círculo tem como função básica proteger as aves quando ainda pintainhos, de correntes de ar, de frio, de predadores e ainda delimitar a área mais próxima possível da fonte de aquecimento e dos comedouros e bebedouros servidos a estas aves. 
    Geralmente esses círculos são feitos de chapas de Eucatex ou Duratex por serem mais viáveis economicamente, não se descarta a possibilidade de utilizar-se de chapas galvanizadas ou mesmo de folhas de papelão grosso, que tem a vantagem de ser mais higiênicos devido ao  seu descarte após o uso.
    A altura do circulo e bastante variável, indo de 30 até 70 cm .Devem ter uma circunferência de aproximadamente 5 a 7 m , para o alojamento de 500 pintainhos.
    No inverno, recomenda - se juntar dois círculos formando assim um único com 1000 pintainhos.

FONTE DE CALOR


    Tanto o frango caipira como o frango tradicional, necessitam de campânulas, usadas com fonte de calor artificial. São encontradas no mercado com facilidade de tamanho e capacidade diferentes. Geralmente usa-se campânula com capacidade de aquecimento de 500 pintos. As campânulas podem ser a gás, com resistência elétrica, luz infra-vermelha ou até mesmo à lenha.
    O seu uso pode variar de 1 a 15 dias, dependendo da temperatura ambiente.
    Na primeira semana de vida do pintainho é indispensável,pois ele necessita de uma maior quantidade de calor no início e vai diminuindo à medida que as aves crescem.




CAMA PARA O AVIÁRIO



    A cama de um aviário é um importante fator que interfere nas condições sanitárias e no bom desenvolvimento do lote. Mesmo sendo uma ave mais rústica,o frango caipira brasileiro também necessita de cama de boa qualidade.O material usado quando espalhado no galpão deve cobrir todo o seu piso,com o máximo de uniformidade, com a altura ideal variando de acordo com a época do ano: 5 a 8 cm no verão e de 8 a 10 cm no inverno.


    Uma cama de boa qualidade deve apresentar algumas propriedades indispensáveis:

Uma excelente capacidade de absorver a umidade, evitando o empastamento da mesma dentro do círculo.
Baixa condutividade térmica (bom isolamento do piso).
Partículas de tamanho médio.
Liberação rápida de umidade.
Umidade por volta de 20 a 25%.
Livre de substâncias indesejáveis ( fungos, toxinas,etc.)
Fácil Disponibilidade.
Baixo custo.


Podemos usar os seguintes materiais:

Maravalhas ou cepilho.
Sabugo de milho picado.
Capins secos.
Casca de arroz.

OBS: Se informe sobre a procedência da cama, se foi estocada em local seco e arejado, pois podem conter esporos de fungos que irão se multiplicar com a umidade da cama.


A VÉSPERA DA CHEGADA DOS PINTAINHOS.


    Na véspera da chegada dos pintainhos o criador deve certificar-se de que as instalações, cortinas, sistemas elétricos, hidráulicos e materiais a serem usados como cama, comedouros, bebedouros, círculos, campânulas, e estoque de gás estejam em perfeitas condições de funcionamento, limpeza e em número suficiente para a criação. 
    O galpão deve estar pronto para o recebimento das aves, com os círculos montados e todo o equipamento revisado,pelo menos 24 h antes da chegada dos pintainhos.
    Para um lote de 500 pintainhos é necessário 1 campânula, 6 bebedouros e 6 comedouros tipo bandeja.
    Na chegada dos pintinhos é importante mostrar-lhes os locais onde ele encontra comida, água e também a fonte de calor. O procedimento mais comum é colocar o bico do pintinho na água, depois na comida e finalmente colocá-lo em baixo da fonte de calor.


MANEJO


    Existem diversasmaneiras de criação de frango caipira .Tudo depende do nível tecnológico e da condição de cada produtor.
    Algumas condições básicas de criação são essenciais: tomar cuidado para que na chegada das aves, o galpão esteja limpo,desinfetado,com os círculos montados e que os comedouros e bebedouros estejam distribuídos e as campânulas pré aquecidas.
    Recomenda-se sempre que a primeira água a ser consumida pelas aves tenha algum hidratante, que pode ser comercial ou caseiro (de 200 a 300g de açúcar para 6 litros de água).
    Nos primeiros trinta dias, as aves podem ser alojadas em pinteiros ou criadas diretamente nos galpões, de acordo com a possibilidade do avicultor.
    Todo dia se faz uma vistoria no pinteiro ou galpão, observando se existem aves mortas ou mesmo aleijadas que devem ser retiradas.
    A partir da terceira semana, recomenda-se que as aves sejam liberadas pela manhã para um passeio, visando o desenvolvimento da musculatura, à tarde devem ser recolhidas.
    Já na segunda semana, pode-se permitir o acesso ao material verde picado, substuí-se então os comedouros infantis pelos que ficarão até o final do lote.
    Qualquer dúvida com relação ao estado geral do lote, deve ser esclarecida o mais rápido possível, para detectar precocemente um eventual problema e avitar assim o prejuízo na criação.

VENTILADORES



    Em determinadas regiões o clima é muito quente. Nestes casos recomenda-se o uso de ventiladores. Este equipamento é muito útil, ajudando a refrescar o ambiente interno do galpão.
    Utiliza-se 1 ventilador para cada 25 metros ou conforme a recomendação do fabricante.




NEBULIZADORES 



    Muito utilizados em criações de frango de corte. Embora não sejam essenciais ao frango Paraíso Pedrês, podem melhorar o desempenho do lote, reduzindo a mortalidade das aves.Os nebulizadores devem ser utilizados conforme a recomendação do fabricante. 

VACINAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO

    Normalmente o pequeno avicultor não se preocupa com os programas de vacinação e vermifugação. Comete um erro gravíssimo, pois estes programas não representam um custo elevado, se comparados aos prejuízos que um verme ou doença podem causar ao lote.
    O esquema de vacinação varia de região para região, recomenda-se que verifique o esquema utilizado por uma granja de frangos comerciais perto da propriedade, pois esta granja já conhece os desafios regionais. Pode-se consultar também a casa da lavoura do município. 


Exemplo de esquema de vacinação:

Caipira de corte:


IDADE
    TIPO DE VACINA    VIA DE APLICAÇÃO  
  

   
10 dias    Newcastle B1 + Gumboro    Água      
14 dias    Gumboro Plus    Água      
21 dias    Gumboro    Água    



Caipira de postura:


IDADE
    TIPO DE VACINA    VIA DE APLICAÇÃO 

      
7 dias    Newcastle HB1 + Bronquite 52 + Gumboro    Ocular ou água      
25 dias    Bouba Forte    Membrana da asa      
35 dias    Newcastle La Sota + Bronquite H52 + Gumboro    Água      
50 dias    Coriza Hidróxido de Alumínio    Injetável na coxa      
70 dias    Newcastle La Sota + Bronquite H52 + Gumboro     Água      
100 dias    Encefalomielite    Água      
120 dias    Coriza Oleosa    Injetável no peito      
135 dias    Vacina Tríplice Oleosa + Newcastle + Bronquite + EDS    Injetável no peito   


OBS: Recomendamos que o programa de vacinação seja elaborado com base nas condições e histórico sanitário da região.


    Para vermes, os melhores resultados são obtidos com Mebendazole, fornecido,em dosagem única,aos 35 dias de idade da ave.
    No dia da vacinação, deve ser retirada a água de bebida duas horas antes do fornecimento da vacina às aves. Se a água for clorada, a cloração deve ser interrompida por no mínimo, 24 horas.
    Só fornecer água clorada novamente depois de 24 horas da vacinação. As recomendações do fabricante das vacinas e medicamentos devem ser seguidas rigorosamente.
    A rotação de piquetes é necessária para quebrar o ciclo da verminose e coccidiose. 



    Orientação para a criação de aves de postura caipira:


    É necessário a suplementação de cálcio, via ração ou calcário na fase de postura. Deve-se tomar cuidado com o peso das aves, principalmente no período da recria ( de 4 a 18 semanas).
    Um programa de iluminação acima de 10 lux é necessário para o desenvolvimento sexual das aves, maior uniformidade e maior produção. De 27 a 30 wattspor m2, consegue-se atingir um total de 10.7 lux. Segue a tabela de programação de luz:

De 0 a 8 semanas   -   Luz Natural.
De 9 a 16 semanas  -  12 horas.
De 17 a 18 semanas - 14 horas.
De 19 a 75 semanas - 17 horas.

    Luzes de 60 watts dispostas a 2 metros da entrada do galinheiro, com 4 metros de distância uma das outras e 3 metros de altura.
    Colocar o ninho a partir da 15 ou 16 semana. Deve ser forrado com maravalha.O ideal é estar a 35 cm de altura do piso, com uma abertura de frente e fundo de 35 cm, ou seja, 35 x 35 cm.     É necessário também uma ripa de madeira de 5 cm na entrada do ninho, para evitar o disperdício da maravalha.
    Mantendo estes cuidados e não deixando a galinha engordar você obterá até 280 ovos por ano.
    Em algumas regiões tem-se o hábito de debicar as aves, que deve ser feita com debicador automático, aos 7 dias de idade. Depois deve ser ministrado um complexo vitamínico com vitamina K, para melhor cicatrização. Porém antes verifique se a ave caipira é aceita debicada em sua região. 

RAÇÃO BALANCEADA

    Por tratar-se de uma ave mais rústica, é possível alimentá-la com diversos tipos de alimentos.
    O programa alimentar recomendado é realizado com quatro tipos de ração. Estas rações dividem-se em PRÉ-INICIAL, de 01 a 13 dias; INCIAL, de 14 à 28 dias; ENGORDA, de 29 à 49 dias e a FINAL, dos 50 dias até o final.
Até os 28 dias, enquanto a ave está formando a sua estrutura, é interessante a utilização de ração balanceada, após este período ela pode ser dada ao final do dia como complemento a alimentação alternativa, para disponibilizar todos os nutrientes necessários para melhor aproveitamento desta alimentação alternativa.
    


ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA


    O ponto mais forte de uma criação de frango caipira é justamente a fonte de alimentação alternativa. Sem dispensar a ração comercial,os piquetes e os complementos (verduras, frutas,legumes e capim picado) têm um importante papel no desenvolvimento desta ave, fornecendo-lhe, a fibra e xantófila tão necessárias.

Entre os alimentos alternativos destacam-se:

Capim Quicuiu                Confrei
Capim Coast Cross                Rami
Capim Tiffiton                    Folhas de Batata Doce
Capim Estrela Africana            Guandu
Assa Peixe                      Hortaliças e Leguminosas

Mandioca ou macacheira (deve ser quebrada e colocada ao sol ou cozida para quebrar as proteínas nocivas a alimentação), restos de verdura, frutas ou qualquer subproduto da propriedade.
    As folhagens (Rami, Guandu, Assa Peixe, Confrei, Folhas de Batara Doce, Hortaliças e Leguminosas) podem ser servidas após a 2º semana de vida da ave, e os capins após 30 dias.

    

ILUMINAÇÃO

    O frango caipira, por ser uma ave destinada ao abate com idade mais avançada recomenda-se o fornecimento somente de luz natural, evitando-se assim o seu crescimento muito acelerado e o aumento de mortalidade.

TEMPERATURA

    A temperatura de um galpão é muito importante e seu controle permite obter resultados compensadores.
    As temperatura de conforto para as aves são está entre 20  e 28º C.
    A falta de calor traz problemas de desuniformidade do lote e o excesso desidrata. Para evitar estes problemas recomenda-se que o avicultor tenha sempre à mão um termômetro, controlando a temperatura ambiente constantemente.
    O termômetro deve ficar na lateral interna do círculo de proteção à altura da ave.

sábado, 1 de outubro de 2011

AS RAÇAS DE GALINHAS EXISTENTES NO MUNDO



 
   
* Alsácia
    
* Altsteirer
    
* Amarela Portuguesa
    
* Hamburgo
    
* Amrocks
    
* Ancona
    
* Andaluz
    
* Appenzel Barbuda
    
* Appenzel com topete
    
* Araucana
    
* Ardennes
    
* Curly
    
* Assendelfter
    
* Asyl
    
* Augusta
    
* Australorp   

    * Bantam de Java
    
* Antuérpia Beard
    
* Barba Everberg
    
* Barbuta d'Uccle
    
* Grubb Barbear
    
* Turíngia Barbear
    
* Watermael Barbear
    
Barneveld
    
* Bassette
    
* Reino Baixo
    
* Anão belga
    
* Bielefelder
    
* Piemonte Blonde
    
* Bourbonnaise
    
* Bourbourg
    
* Brabante belga
    
* Países Baixos Brabant
    
* Brahma
    
* Brakel
    
* Breda
    
* Bresse
    
* Buckeye     

    * Campine
    
* Montanha Canterino
    
* Carijó
    
* Castelhano
    
* Catalão fazer Prat
    
* Caumont
    
* Chabo
    
* Chantecler
    
* Charollais
    
* Coruja holandês barbudo
    
* Cochinchina
    
* Pescoço nu Forez
    
* Pescoço pelado da Transilvânia
    
* Combatente do Norte
    
* Combatente de Bruges
    
* Combatente de Liège
    
* Combatente indiana
    
* Inglês Antigo Combatente
    
* Inglês Combatente moderna
    
* Combatente da Malásia
    
*  Combatente (O-Shamo, Shamo Chu)
    
* Vietnamita Combatente
    
* Cotentin
    
 Bent Crista da Montanha
    
* Crèvecoeur
    
* Langshan Croad
    
* Cubalaya
    
* Cuco da Flandres
    
*  Cuco  para iseghen
   
* Delaware
    
* Denizli
    
* Dominicana
    
Dorking
    
* Drenthe
    
* Dresden
    
* Empordanesa
    
* Estaires
    
* Famennoise
    
* Faverolles
    
* Hesbaye Fawn
    
* Fulva de Mehaigne
    
* East Friesian Seagull
    
* Groningen Seagull
    
* Gatinese
    
* Gauloise
    
* Gournay
   *  
Galis 
    
* Herve
    
* Houdan
    
* Italiener
    
* Ixworth
    
* Gigante de Jersey
    
* Koeyoshi
    
* Ko-Shamo
    
* La Flèche
    
* Lakenvelder
    
* Lamona
    
* Langshan alemão
    
* GAO
    
* Limousine
    
* Lyon
    
* Livorno
    *
 Label Rouge
    
* Malines
    
* Mantes
    
* Marans
    
* Brianza Mericanel
    
* Menorca
    
* Silkies
    
* Ajuste Nana
    
* Black Berry
    
* Challans Preto
    
* New Hampshire
    
* Ohiki
    
* Topete holandês
    
* Anão holandês
    
* Orloff
    
* Orpington
    
* Camadas de Vestefália
    
* Padovana
    
* Pavilly
    
* Pedrês Portuguesa
    
* Penedesenca
    
* Asturiano Pinta
    
* Phoenix Onagadori
    
* Shokoku Phoenix
    
* Pictave
    
* Plymouth Rock
    
 Frango  da Frísia
    
* Frango da Saxónia
    
* Frango do Norte
    
* Frango Suíça
    
* Polverara
    
* Preta Lusitânia
    
* Ramelsloh
    
* Barrete Vermelho
    
* Reino Alemão
    
* Renânia
    
* Rhode Island
    
* Anão Ruhla
    
* Satsuma-Dori
    
* Escoceses dumpy
    
* Sebright
    
* Sem cauda
    
* Sicília
    
* Espanhol para o rosto branco
    
* Hawk alemão
    
* Sulmtal
    
* Sultan
    
* Sumatra
    
* Sundheim
    
* Sussex
    
* Anão alemão
    
* Tomaru
    
* Totenko
    
* Tournai
    
* Tuzo
    
* Twentse
    
* Valdarno
    
* Styria Velha
    
* Vorwerk
    
* Welsum
    
* Wyandotte
    
* Yamato
    
* Yokohama
    
* Pernas curtas
    
* Zottegem

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TREINAMENTO BÁSICO PARA GALOS

Já foi dito que a saúde do galo deve apresentar uma constante desde o seu nascimento até o seu treinamento . Só devemos exercitar aves sadias e vigorosas, amadurecidas, ou seja, após 14 a 18 meses de idade e que estejam confinadas. Por quê ?  Aves combatentes demoram mais para calcificar seus ossos e fortalecer a musculatura, fatores que só advém por completo com a maturidade.


É difícil explicar o manejo dos galos porque é uma coisa que se aprende mais vendo pessoas mais experientes e, principalmente, com a prática. O que apresento a seguir é bem geral pois existem até aparelhos para exercitar galos e exercícios mais sofisticados, feitos inclusive em tanques com água, mas nosso objetivo é apenas a manutenção da saúde das aves e não o de treiná-los para competições. Apesar de alguns entenderem muito de galos, ninguém sabe TUDO sobre aves e todos nós sempre teremos algo de novo para aprender. É isso que é importante no treinamento de galos e até talvez, para a nossa vida...


Dois fatores são fundamentais: ALIMENTAÇÃO  E  ESPAÇO. Como todo atleta o galo necessita de uma dieta rica porém balanceada. Uma sugestão: Milho quebrado (5 partes) + Aveia (2 partes) + Girassol (1 parte) + Sementes (1 parte) + Verduras e Legumes (1 parte) + Complexo Vitamínico-Mineral.


ESPAÇO: O ideal seria que permanecessem em passeadores o tempo todo, sempre se movimentando. PASSEADORES: 2 mts. X o,80 X o,80 (ideal)


O treinamento manual visa apenas estimular e exercitar aquilo que no galo é natural: BATER AS ASAS,  CORRER, , PULAR .Podemos usar uma mesa que forraremos com espuma de 10cms e revestiremos com um pedaço de carpete.

                                 
1. PULOS: Colocando-se a mão sob o peito da ave, executa-se um movimento de elevação como se fossemos jogar a ave para cima. Ela instintivamente bate as asas e aterrisa na mesa estofada, o que também fortalece os músculos flexores da s coxas. Existem variações na altura conforme evolui o treinamento. Com a prática, usando-se as duas mãos ( sob o peito e sobre a cauda), podemos inclinar a ave para trás durante o pulo, o que a forçará a bater as asas com mais força.

2. ASAS: Na própria mesa, usando-se a beirada, segura-se a ave pela cauda e inclina-se para baixo. Instintivamente se desencadeia uma seqüência de batidas de asas para retornar ao equilíbrio. Aos poucos vamos notando um aumento da capacidade respiratória, mesmo porque estamos exercitando os maiores músculos das aves que são os peitorais e responsáveis por uma boa parte do consumo de oxigênio.Também podemos construir um cavalete para isso ou um trapézio mas não são todas as aves que se acostumam com eles. Nunca segure muito firme na cauda da ave enquanto ela não estiver acostumada com os exercícios porque eles às vezes se assustam e, para se soltarem, rodopiam no seu próprio eixo e largam o rabo na sua mão...Por isso, muito cuidado no manuseio das aves para evitar a quebra de penas e torções que prejudicam a saúde delas.

3.CORRER: Alguns usam a própria mesa, segurando a ave pela cauda, fazendo ela executar instintivamente movimentos com as pernas mas o ideal é construir uma mesa giratória ( como um disco de vitrola) onde se pode segurar a ave com mais comodidade para ela com a vantagem de podermos aplicar uma resistência progressiva na rotação do "prato" o que vai aumentando também a força e resistência dos músculos.Vamos ver se conseguimos um desenho ilustrativo para disponibilizar aqui no site.

Após os exercícios alguns criadores ainda aplicam massagens na musculatura dos galos o que é muito bom quando feito de maneira correta, sem traumatizar a pele da ave, aplicando-se após uma loção adstringente que cada um tem uma receita mas é sempre uma alcoolatura de tinguaciba, barbatimão e anjico e que alguns acrescentam seus "ingredientes secretos".(cânfora, salicilato de metila, mentol e outros).

No treinamento com outro parceiro as parelhas devem ser pesadas e medidas e colocados os protetores (BUCHAS  E BIQUEIRAS) dos quais existem vários modelos e preferências, visando o mínimo de dano as aves. O que se deseja é avaliar a força e as condições físicas. Com a observação notaremos se alguma ave apresenta algum problema . Batidas de 10 minutos são ideais pois poderemos avaliar a ave sem comprometer sua integridade física.


Nos dias de calor, é bom dar banhos nas aves usando-se sabão neutro ou de côco, enxugá-las muito bem e colocá-las ao sol para terminarem de secar. Evitar os dias frios e com ventos. Usar então as "estufas" gaiolas fechadas com lâmpadas para aquecerem e secarrem as penas.

TOSA DAS PENAS: Também outro assunto controverso: de uma maneira geral adota-se a tosa das penas e plumas do baixo-ventre, interior das coxas e parte interna das asas que se justificam até para melhor manuseio, higiene e refrigeração. Alguns retiram também as penas laterais do pescoço mas hoje não se justifica mais esse procedimento. São costumes, não técnicas, herdados de outros tempos e outras culturas.

O BOM SENSO: TODO O MANUSEIO AQUI INDICADO É APENAS PARA A MANUTENÇÃO DA FORMA FÍSICA DAS AVES E NÃO UM INCENTIVO PARA O PREPARO DE GALOS DE RINHA.


 Lema básico: " AMOR , PACIÊNCIA E MUITA, MUITA OBSERVAÇÃO" 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MANIFESTO - O GALISMO NO MUNDO

Desde a mais remota antiguidade escontram-se registros de ser o galismo uma das mais antigas práticas e, consequentemente, tem suas raízes no inicio da cultura dos povos. Com o decorrer dos tempos, tendo o seu "habitat" natural devastado pelo homem, essas espécies só conseguiram sobreviver devido ao fascínio que sempre exerceram por sua coragem, seu incomparável vigor físico e por sua beleza.

Acompanharam guerreiros nas batalhas e descobridores nas caravelas no passado, ajudando a escrever a história das glórias humanas , e hoje, no presente, propiciam o MAIOR BANCO GENÉTICO DA AVICULTURA MODERNA sem o qual, provavelmente, seria impossível desenvolver novas variedades, principalmente comerciais, tão importantes para a economia, o agro- negócio e a alimentação humana.O galismo moderno, longe de ser uma atividade sanguinária, como pregam alguns, procura principalmente a preservação dessas espécies, aprimorando e conservando os DIFERENCIAIS , respeitando os direitos dos animais, aceitando a belicosidade natural deles como inerente, sem querer transformá-los em uma espécie descaracterizada e moldada dentro de padrões morais que a própria humanidade não consegue seguir entre os seus próprios membros.


Talvez o galo de briga seja justamente perseguido por esse motivo: Ele luta porque tem coragem, nasceu com ela e orgulha-se como criatura criada por Deus , ao contrário dos homens que lutam por poder, ganância e precisam inventar armas cada vez mais poderosas porque sentem-se cada vez mais fracos como criaturas...
É inconcebível querer extinguir essas espécies com o propósito "simplista" de querer acabar com as brigas de galos! Galos não seguem as nossas leis: então devemos acabar com eles?
Por quê não se faz uma discussão séria, longe dos holofotes da mídia, para conhecer melhor essa questão?


Primeiro de tudo, o Brasil, na América Latina, talvez seja o único país onde não existe lei que regulamente devidamente o esporte e a criação! Até países como Alemanha, Holanda, EE.UU, têm legislação específica sobre galos combatentes que regulamentam e fiscalizam! Isso é absurdo levando-se em conta a quantidade de criadores existentes em nosso país e que ficam como que marginalizados e, o que é pior, repudiados como marginais por pessoas que têm acesso esporádico à mídia e a usam com o intuito de desinformação e difamação!


Nenhum criador sério quer a liberação indiscriminada das rinhas como antros de jogo ou lugar de carnificinas. O que se deseja é a DISCUSSÃO e a REGULAMENTAÇÃO, afinal quem tem que ser controlado em seus baixos instintos é o homem, não os animais, mesmo porque eles não os possuem...


Eduardo A. Seixas

Remedios naturais

Os remédios  naturais muitas vezes não substituem os remedios sintéticos, por isso o melhor é levar no veterinário





Diarreia: faz-se um chá à base de picão preto, confrei e tanchagem. Dá-se aos frangos para beber até
melhorarem. Folhas de bananeira e goiabeira também são indicadas.



Empenamento: a ingestão de batata-doce é um excelente remédio.


Piolhos: para combatê-los, adiciona-se enxofre na ração até que o problema esteja sanado.


Ronqueira (Doença Crônica Respiratória) : amassa-se uma cabeça e meia de alho graúdo e coloca-se em 100 litros de água para os frangos beberem. Pode-se também usar limão-cravo na água. Manter o tratamento até ficarem curados.


Vermes: os animais recebem mamão verde e abóbora como alimento.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

RAÇAS


RAÇAS




Aseel
Galo atarracado, pesando entre 2 e 2,5 kg, de canela grossa, cabeça forte e fronte pronunciada. Nada se compara ao ASEEL em valentia e resistência, usado para combates extensos, pois jamais abandona a rinha. É considerado imbatível em
sua categoria e o melhor combatente do mundo no seu sistema de briga.








Shamo
Possuidor de uma pancada muito forte, o SHAMO geralmente decide combate logo nas primeiras pegadas, por ser um galo alto e com um pescoço muito resistente, que dificilmente quebra em combate, o SHAMO briga colado ao adversário, não o deixando sequer respirar .
É o maior entre os galos de briga, pesando entre 3,5 e 5,5 Kg, muitas vezes só encotra adversário se for um outro Shamo





Malayo
O MALAYO é tido por muitos como a origem de todas as raças de briga. Por ser mais lento e assim não proporcionar um bom espetáculo na rinha, o
MALAYO hoje é mais usado em cruzamentos com raças mais rápidas, resultando em um produto de muito vigor, prepotência e rusticidade.
Ave de estatura elevada e pernas muito musculosas, o galo MALAYO caracteriza-se pelas costas curvas, pesando, às vezes, até 5 Kg.





Calcutá
A resistência com que agüenta o castigo é sua principal arma.
Sua estatura é algo entre o Aseel e o Shamo, combinando perfeitamente o que há de melhor nessas raças.
Pesando em torno de 3 e 3,5 Kg, o CALCUTÁ, após haver combatido por horas, ainda terá forças para aniquilar seu oponente com um único golpe destruidor.






Satsumadori
Essa outra raça é o SATSUMA, ou galo baioneta, para brigas
com navalha.












Combatente brasileiro
O combatente brasileiro é uma mistura de várias raças de galos de briga. Esta raça é um malaoide com peso entre 2,2 A 4,0kg. Tendo nas últimas
décadas o galo japonês, principalmente o shamo, contribuído muito para as
qualidades atuais desta raça.