sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TREINAMENTO BÁSICO PARA GALOS

Já foi dito que a saúde do galo deve apresentar uma constante desde o seu nascimento até o seu treinamento . Só devemos exercitar aves sadias e vigorosas, amadurecidas, ou seja, após 14 a 18 meses de idade e que estejam confinadas. Por quê ?  Aves combatentes demoram mais para calcificar seus ossos e fortalecer a musculatura, fatores que só advém por completo com a maturidade.


É difícil explicar o manejo dos galos porque é uma coisa que se aprende mais vendo pessoas mais experientes e, principalmente, com a prática. O que apresento a seguir é bem geral pois existem até aparelhos para exercitar galos e exercícios mais sofisticados, feitos inclusive em tanques com água, mas nosso objetivo é apenas a manutenção da saúde das aves e não o de treiná-los para competições. Apesar de alguns entenderem muito de galos, ninguém sabe TUDO sobre aves e todos nós sempre teremos algo de novo para aprender. É isso que é importante no treinamento de galos e até talvez, para a nossa vida...


Dois fatores são fundamentais: ALIMENTAÇÃO  E  ESPAÇO. Como todo atleta o galo necessita de uma dieta rica porém balanceada. Uma sugestão: Milho quebrado (5 partes) + Aveia (2 partes) + Girassol (1 parte) + Sementes (1 parte) + Verduras e Legumes (1 parte) + Complexo Vitamínico-Mineral.


ESPAÇO: O ideal seria que permanecessem em passeadores o tempo todo, sempre se movimentando. PASSEADORES: 2 mts. X o,80 X o,80 (ideal)


O treinamento manual visa apenas estimular e exercitar aquilo que no galo é natural: BATER AS ASAS,  CORRER, , PULAR .Podemos usar uma mesa que forraremos com espuma de 10cms e revestiremos com um pedaço de carpete.

                                 
1. PULOS: Colocando-se a mão sob o peito da ave, executa-se um movimento de elevação como se fossemos jogar a ave para cima. Ela instintivamente bate as asas e aterrisa na mesa estofada, o que também fortalece os músculos flexores da s coxas. Existem variações na altura conforme evolui o treinamento. Com a prática, usando-se as duas mãos ( sob o peito e sobre a cauda), podemos inclinar a ave para trás durante o pulo, o que a forçará a bater as asas com mais força.

2. ASAS: Na própria mesa, usando-se a beirada, segura-se a ave pela cauda e inclina-se para baixo. Instintivamente se desencadeia uma seqüência de batidas de asas para retornar ao equilíbrio. Aos poucos vamos notando um aumento da capacidade respiratória, mesmo porque estamos exercitando os maiores músculos das aves que são os peitorais e responsáveis por uma boa parte do consumo de oxigênio.Também podemos construir um cavalete para isso ou um trapézio mas não são todas as aves que se acostumam com eles. Nunca segure muito firme na cauda da ave enquanto ela não estiver acostumada com os exercícios porque eles às vezes se assustam e, para se soltarem, rodopiam no seu próprio eixo e largam o rabo na sua mão...Por isso, muito cuidado no manuseio das aves para evitar a quebra de penas e torções que prejudicam a saúde delas.

3.CORRER: Alguns usam a própria mesa, segurando a ave pela cauda, fazendo ela executar instintivamente movimentos com as pernas mas o ideal é construir uma mesa giratória ( como um disco de vitrola) onde se pode segurar a ave com mais comodidade para ela com a vantagem de podermos aplicar uma resistência progressiva na rotação do "prato" o que vai aumentando também a força e resistência dos músculos.Vamos ver se conseguimos um desenho ilustrativo para disponibilizar aqui no site.

Após os exercícios alguns criadores ainda aplicam massagens na musculatura dos galos o que é muito bom quando feito de maneira correta, sem traumatizar a pele da ave, aplicando-se após uma loção adstringente que cada um tem uma receita mas é sempre uma alcoolatura de tinguaciba, barbatimão e anjico e que alguns acrescentam seus "ingredientes secretos".(cânfora, salicilato de metila, mentol e outros).

No treinamento com outro parceiro as parelhas devem ser pesadas e medidas e colocados os protetores (BUCHAS  E BIQUEIRAS) dos quais existem vários modelos e preferências, visando o mínimo de dano as aves. O que se deseja é avaliar a força e as condições físicas. Com a observação notaremos se alguma ave apresenta algum problema . Batidas de 10 minutos são ideais pois poderemos avaliar a ave sem comprometer sua integridade física.


Nos dias de calor, é bom dar banhos nas aves usando-se sabão neutro ou de côco, enxugá-las muito bem e colocá-las ao sol para terminarem de secar. Evitar os dias frios e com ventos. Usar então as "estufas" gaiolas fechadas com lâmpadas para aquecerem e secarrem as penas.

TOSA DAS PENAS: Também outro assunto controverso: de uma maneira geral adota-se a tosa das penas e plumas do baixo-ventre, interior das coxas e parte interna das asas que se justificam até para melhor manuseio, higiene e refrigeração. Alguns retiram também as penas laterais do pescoço mas hoje não se justifica mais esse procedimento. São costumes, não técnicas, herdados de outros tempos e outras culturas.

O BOM SENSO: TODO O MANUSEIO AQUI INDICADO É APENAS PARA A MANUTENÇÃO DA FORMA FÍSICA DAS AVES E NÃO UM INCENTIVO PARA O PREPARO DE GALOS DE RINHA.


 Lema básico: " AMOR , PACIÊNCIA E MUITA, MUITA OBSERVAÇÃO" 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MANIFESTO - O GALISMO NO MUNDO

Desde a mais remota antiguidade escontram-se registros de ser o galismo uma das mais antigas práticas e, consequentemente, tem suas raízes no inicio da cultura dos povos. Com o decorrer dos tempos, tendo o seu "habitat" natural devastado pelo homem, essas espécies só conseguiram sobreviver devido ao fascínio que sempre exerceram por sua coragem, seu incomparável vigor físico e por sua beleza.

Acompanharam guerreiros nas batalhas e descobridores nas caravelas no passado, ajudando a escrever a história das glórias humanas , e hoje, no presente, propiciam o MAIOR BANCO GENÉTICO DA AVICULTURA MODERNA sem o qual, provavelmente, seria impossível desenvolver novas variedades, principalmente comerciais, tão importantes para a economia, o agro- negócio e a alimentação humana.O galismo moderno, longe de ser uma atividade sanguinária, como pregam alguns, procura principalmente a preservação dessas espécies, aprimorando e conservando os DIFERENCIAIS , respeitando os direitos dos animais, aceitando a belicosidade natural deles como inerente, sem querer transformá-los em uma espécie descaracterizada e moldada dentro de padrões morais que a própria humanidade não consegue seguir entre os seus próprios membros.


Talvez o galo de briga seja justamente perseguido por esse motivo: Ele luta porque tem coragem, nasceu com ela e orgulha-se como criatura criada por Deus , ao contrário dos homens que lutam por poder, ganância e precisam inventar armas cada vez mais poderosas porque sentem-se cada vez mais fracos como criaturas...
É inconcebível querer extinguir essas espécies com o propósito "simplista" de querer acabar com as brigas de galos! Galos não seguem as nossas leis: então devemos acabar com eles?
Por quê não se faz uma discussão séria, longe dos holofotes da mídia, para conhecer melhor essa questão?


Primeiro de tudo, o Brasil, na América Latina, talvez seja o único país onde não existe lei que regulamente devidamente o esporte e a criação! Até países como Alemanha, Holanda, EE.UU, têm legislação específica sobre galos combatentes que regulamentam e fiscalizam! Isso é absurdo levando-se em conta a quantidade de criadores existentes em nosso país e que ficam como que marginalizados e, o que é pior, repudiados como marginais por pessoas que têm acesso esporádico à mídia e a usam com o intuito de desinformação e difamação!


Nenhum criador sério quer a liberação indiscriminada das rinhas como antros de jogo ou lugar de carnificinas. O que se deseja é a DISCUSSÃO e a REGULAMENTAÇÃO, afinal quem tem que ser controlado em seus baixos instintos é o homem, não os animais, mesmo porque eles não os possuem...


Eduardo A. Seixas

Remedios naturais

Os remédios  naturais muitas vezes não substituem os remedios sintéticos, por isso o melhor é levar no veterinário





Diarreia: faz-se um chá à base de picão preto, confrei e tanchagem. Dá-se aos frangos para beber até
melhorarem. Folhas de bananeira e goiabeira também são indicadas.



Empenamento: a ingestão de batata-doce é um excelente remédio.


Piolhos: para combatê-los, adiciona-se enxofre na ração até que o problema esteja sanado.


Ronqueira (Doença Crônica Respiratória) : amassa-se uma cabeça e meia de alho graúdo e coloca-se em 100 litros de água para os frangos beberem. Pode-se também usar limão-cravo na água. Manter o tratamento até ficarem curados.


Vermes: os animais recebem mamão verde e abóbora como alimento.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

RAÇAS


RAÇAS




Aseel
Galo atarracado, pesando entre 2 e 2,5 kg, de canela grossa, cabeça forte e fronte pronunciada. Nada se compara ao ASEEL em valentia e resistência, usado para combates extensos, pois jamais abandona a rinha. É considerado imbatível em
sua categoria e o melhor combatente do mundo no seu sistema de briga.








Shamo
Possuidor de uma pancada muito forte, o SHAMO geralmente decide combate logo nas primeiras pegadas, por ser um galo alto e com um pescoço muito resistente, que dificilmente quebra em combate, o SHAMO briga colado ao adversário, não o deixando sequer respirar .
É o maior entre os galos de briga, pesando entre 3,5 e 5,5 Kg, muitas vezes só encotra adversário se for um outro Shamo





Malayo
O MALAYO é tido por muitos como a origem de todas as raças de briga. Por ser mais lento e assim não proporcionar um bom espetáculo na rinha, o
MALAYO hoje é mais usado em cruzamentos com raças mais rápidas, resultando em um produto de muito vigor, prepotência e rusticidade.
Ave de estatura elevada e pernas muito musculosas, o galo MALAYO caracteriza-se pelas costas curvas, pesando, às vezes, até 5 Kg.





Calcutá
A resistência com que agüenta o castigo é sua principal arma.
Sua estatura é algo entre o Aseel e o Shamo, combinando perfeitamente o que há de melhor nessas raças.
Pesando em torno de 3 e 3,5 Kg, o CALCUTÁ, após haver combatido por horas, ainda terá forças para aniquilar seu oponente com um único golpe destruidor.






Satsumadori
Essa outra raça é o SATSUMA, ou galo baioneta, para brigas
com navalha.












Combatente brasileiro
O combatente brasileiro é uma mistura de várias raças de galos de briga. Esta raça é um malaoide com peso entre 2,2 A 4,0kg. Tendo nas últimas
décadas o galo japonês, principalmente o shamo, contribuído muito para as
qualidades atuais desta raça.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Hipocrisia

Tales Alvarenga
Menos hipocrisia,
por favor


"Só mesmo numa cidade como o Rio de
Janeiro, na qual o narcotráfico e os tiroteios
entre quadrilhas não existem mais, é concebível
deslocar quarenta policiais para prender amantes
de briga de galo."


Se está na lei que promover briga de galo é crime, e um crime que dá cadeia, cumpra-se a lei. Outra coisa é transformar o publicitário Duda Mendonça num sujeito rude, sem bons sentimentos e ainda por cima criminoso porque foi flagrado e preso numa rinha no Rio de Janeiro pela Polícia Federal.


Não gosto de rinhas, mas também não gosto de galos. Um galo a menos no mundo não prejudica ninguém. Aliás, a supressão de um desses galináceos cheios de testosterona traz a vantagem de calar um daqueles despertadores ambulantes que nos acordam de madrugada.


Não gosto de galos nem de rinhas, mas gosto de touradas e lutas de boxe, o que não me transforma num ser humano cruel, muito menos criminoso. Até aqui estou falando de preferências pessoais. Do ponto de vista dos princípios, o repentino horror demonstrado às brigas de galo é mais esquisito ainda.


Se Duda foi preso porque participava de um ritual de crueldade contra galos, o que dizer de criadores de frangos ou donos de frigoríficos, como o ministro Luiz Fernando Furlan, da Sadia, que deixam as aves presas a vida inteira em cubículos e no fim as executam para o deleite carnal de milhões de brasileiros?


Tem muita gente boa que põe passarinho em gaiola. Na sociedade dos homens, só vai para a gaiola quem é condenado pela Justiça por algum seriíssimo ato anti-social. Mas, como bicho não é gente (com exceção dos galos, ao que tudo indica), ninguém chama a polícia porque o vizinho mantém um canário preso na varanda. Engordar porcos até aquele limite antinatural que conhecemos também é uma crueldade, mas não incomoda ninguém. Ao contrário. Você já viu alguém envergonhado de comprar bacon no supermercado?


Não vamos continuar com a lista porque ela é muito longa. Sem muito esforço retórico, eu incluiria até mesmo ratos na relação. Os laboratórios químicos incluem. Conhecendo a força dos lobbies de proteção aos animais, os fabricantes de remédios se protegem informando que na produção de suas drogas não usam métodos cruéis contra cobaias. Agora, cá entre nós. Você sabe que os franceses alimentam gansos à força, por meio de funis. Os gansos são entupidos de milho até seu fígado ficar deformado, enorme. Esses fígados inchados se transformam depois numa das glórias da culinária francesa. Pois bem: atire a primeira pedra em Duda Mendonça aquele que nunca comeu patê de fígado de ganso -- por princípio, é claro.


Duda Mendonça não foi preso apenas por crueldade contra animais. Também pesa contra ele a acusação de formação de quadrilha. Só mesmo numa cidade como o Rio de Janeiro, na qual o narcotráfico foi vencido, os tiroteios entre quadrilhas não acontecem mais e os arrastões na praia são manifestações há muito dominadas pelas autoridades, é concebível deslocar quarenta policiais para dar uma batida em Jacarepaguá com o objetivo de fechar uma rinha.


Sou um defensor do cumprimento das leis. Mas as leis devem refletir alguma lógica. Então, de duas, uma: ou se muda a lei para liberar as rinhas ou se fecham todos os matadouros e zoológicos do país. As crianças podem achar muita graça nos macacos. Mas os macacos não acham graça nenhuma nas crianças. Em resumo, menos hipocrisia, por favor.

sábado, 24 de setembro de 2011

Caso seu criatório seja invadido :

Caso algum dos companheiros passem pelo dissabor de ter suas residências invadidas arbitrariamente exijam, como cidadão q vive num "estado democrático de direito":




 1- que a autoridade exiba o mandado judicial;


 2- que uma vez apreendidas as aves,sejam lavrado termo de apreensão, descrevendo cada uma das aves, mencionando o peso de cada uma;


 3- peça q fotografem as aves e se negarem, fotografe você mesmo;


 4- exija q sejam levadas amostras da ração fornecidas as aves (para fazer prova da alimentação diferenciada a elas fornecidas); se puder filmar a ação, acompanhado de advogado, seria uma
importante medida;



 5- exija q se arrolem as vitaminas e remédios existentes no local e fotografe cada um deles (para demonstrar que não se faz uso de substâncias nocivas à saúde da ave); 


6- por fim, tão logo seja concluída a diligência policial, ingresse com um medida cautelar (ouso dizer, seria viável até impetração de mandado de segurança preventivo), a fim de que o juiz determine que as aves devem ser mantidas vivas até o fim do procedimento investigatório ou ação penal a ser deflagarada, requerendo, inclusive seja feita uma vistoria imediata
nas aves por veterinário e perícia, com exame hematológico, para
demonstrar não haver substâncias nocivas no sangue dos galos. E, por
fim, após o arquivamento do procedimento investigatório penal ou
absolvição da ação penal, o que não há como ser diferente, porque criar e
preservar não é crime, faça uma representação contra a autoridade por
crime de abuso de autoridade e promova uma ação por danos morais. Se
cada um de nós agirmos desta forma, teremos com certeza nossos direitos
de criadores respeitados. Só para terminar, quem não puder pagar um
advogado, procurem a Defensoria Pública, que tem o dever constitucional
de assistir juridicamente aqueles q não possuem condições financeira de
pagar advogado.